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Hackers usam tragédia em Santa Maria como isca para golpe on-line


E-mails são enviados prometendo vídeos e fotos.
Links levam a praga digital, alertam fabricantes de antivírus.


Altieres RohrEspecial para o G1

Hacker aplicam golpes com imagens falsas, como a da imagem, de incêndio na boate Kiss (Foto: Reprodução)Hacker aplicam golpes com imagens falsas,
como a da imagem, de incêndio na boate
Kiss (Foto: Reprodução)
As fabricantes de antivírus Symantec, BitDefender e Kaspersky divulgaram alertas nesta terça-feira (29) para que internautas tomem cuidado com e-mails prometendo vídeos e fotos do incêndio ocorrido no domingo (27) na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul (RS), que matou mais de 230 pessoas. As mensagens estão sendo enviadas em massa por hackers brasileiros com o intuito de disseminar vírus programados para o roubo de senhas bancárias.
Um dos e-mails promete um vídeo que "mostra o momento exato da tragédia em Santa Maria". O e-mail traz uma foto com um ícone falso de que indicaria a presença de um vídeo. Ao clicar, o internauta é levado para um endereço que traz a praga digital.
A Symantec alertou também para um e-mail que utiliza o assunto "vídeo do acidente da boate em Santa Maria RS". A mensagem traz o texto "Jamais seram esquecidos" (com o erro de português) e "muito triste, 245 mortos, confira o vídeo, triste". O número de mortos na mensagem está incorreto: o levantamento oficial do Instituto Geral de Perícias é de 234.
Falsa mensagem usa o nome do jornal 'O Globo' para espalhar vírus (Foto: Reprodução)Falsa mensagem usa o nome do jornal 'O Globo'
para espalhar vírus (Foto: Reprodução)
Em outro e-mail, divulgado pela fabricante de antivírus BitDefender, hackers usaram a marca do jornal "O Globo" para prometer "fotos exclusivas da tragédia em Santa Maria". O e-mail é falso e não foi enviado pelo jornal. Os internautas que clicarem no link estão em risco de serem contaminados por uma praga digital que rouba senhas bancárias.
Existiriam pelo menos mais oito e-mails com variações do tema circulando para infectar internautas, de acordo com a BitDefender.
"Sempre que ocorre uma catástrofe natural ou desastres de grandes proporções, os hackers se aproveitam do forte componente de curiosidade mórbida do público para oferecer supostas imagens chocantes e, desta forma, inocular em milhares de máquinas o código malicioso que permite a manipulação dos dados, identidade e recursos do usuário", afirmou Eduardo D'Antona, executivo da BitDefender no Brasil
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