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Em sete minutos, ladrões levam obras de Picasso e Mondrian


Em sete minutos, ladrões levam obras de Picasso e Mondrian

Quadros foram roubados da Galeria Nacional de Arte de Atenas.
Alarme chegou a ser acionado, mas seguranças não viram ladrões.

Da EFE
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Picasso - cabeça de mulher (Foto: AP)"Cabeça de mulher", obra de Picasso roubada
de museu grego (Foto: AP)
Sete minutos foram necessários para que ladrões roubassem um Picasso, um Mondrian e um esboço renascentista da Galeria Nacional de Arte de Atenas na madrugada desta segunda-feira (9), um fato sobre o qual as autoridades quase não apresentaram dados e para o qual a falta de medidas de segurança foi decisiva.
Esse foi o tempo, segundo as poucas informações fornecidas pela polícia, utilizado pelo ladrão ou ladrões para entrar no edifico, pegar as pinturas e fugir do local.
Embora o alarme tenha chegado a ser ativado, os funcionários de vigilância quase não conseguiram ver a pessoa que deixava o edifício às pressas.
Entre as obras roubadas está "Cabeça de Mulher", pintada por Picasso em 1939.
O quadro, o único do artista que ficava no museu ateniense, foi um presente pessoal ao povo grego em 1946, em reconhecimento por sua resistência contra o nazismo durante a ocupação da Grécia na Segunda Guerra Mundial.
"Para o povo grego. Homenagem de Picasso. Paris, maio 1946", é o que o artista escreveu a próprio punho ao pé da obra, um óleo sobre tela de 56 por 40 centímetros.
"Moinho" (1905), do holandês Piet Mondrian, foi outra das obras furtadas neste roubo espetacular, o primeiro registrado pela Galeria Nacional da capital grega, um museu que acumula cerca de 16 mil obras, centradas na arte grega.
Moinho - Mondrian (Foto: AP)"Moinho", obra de Mondrian levada do museu (Foto: AP)
A terceira peça subtraída é um desenho do italiano Guglielmo Caccia, um artista renascentista, que representa San Diego de Alcalá.
Embora alguns meios de comunicação gregos tenham indicado que o modus operandi do roubo é parecido com o que em maio de 2010 foi realizado no Museu de Arte Moderna de Paris, fontes do escritório de imprensa do Ministério da Proteção ao Cidadão indicaram à Agência Efe que, apesar de algumas similaridades, não parece haver relação entre ambos os casos.
Naquela ocasião foi roubado "O Pombo e as Ervilhas", de Picasso, e quatro obras de Matisse, Braque, Modigliani e Léger, estimados em cerca de US$ 636,9 milhões.
Já no caso desta madrugada, nem o Ministério da Cultura nem a própria Galeria Nacional quiseram apresentar dados sobre o valor das obras furtadas e os detalhes sobre o roubo.
Segundo a polícia, apesar do crime ter ocorrido na madrugada do domingo (8) para segunda-feira (9), seus autores começaram a operação horas antes.
Durante toda a tarde do domingo foram provocados alarmes falsos em diferentes salas do edifício, para distrair a atenção dos guardas.
Em declarações à imprensa, o ministro de Proteção ao Cidadão, Christos Papoutsis, criticou o fato de as medidas de segurança no museu serem "praticamente inexistentes".
Segundo o ministro, quando soou o alarme o guarda demorou para contatar a empresa de segurança encarregada da vigilância do edifício, que por sua vez também não reagiu com rapidez.
A Galeria Nacional encerrou neste domingo uma mostra de obras de nomes como Durero e Rembrandt e o museu tinha previsto permanecer fechado por uma longa temporada devido às obras de ampliação das instalações.
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