Dois hospitais no DF teriam negado atendimento a Duvanier Paiva Ferreira.
Instituições de saúde disseram que não negaram atendimento.
A presidente da República, Dilma Rousseff, solicitou nesta sexta-feira (20) ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que apure suposta negligência de hospitais particulares do Distrito Federal no atendimento ao secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. Ele morreu na madrugada desta quinta-feira (19) devido a um infarto no miocárdio.
Na noite desta quinta-feira, a presidente soube que houve possível falta de socorro imediato a Duvanier, que procurou três hospitais particulares de Brasília até conseguir ser atendido. Um dos hospitais disse não ter negado atendimento. Outro, que não tem registro de solicitação de atendimento para Ferreira.
Dilma teria ligado para o ministro Padilha e pedido que “providências exemplares” sejam tomadas em relação ao caso. A informação é da assessoria de comunicação do Planalto.
A família de Duvanier Ferreira teria procurado os hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia.
O Ministério da Saúde afirma que a Agência Nacional de Saúde (ANS) vai apurar se, de fato, houve recusa por parte dos hospitais em prestar socorro a Ferreira por não aceitarem seu plano de saúde. O ministro Alexandre Padilha, segundo a assessoria do ministério, entrou nesta sexta em contato com o órgão, que vai apurar se houve alguma falha entre o plano de saúde e os hospitais envolvidos.
Segundo o superintendente jurídico do Hospital Santa Lúcia, Gustavo Marinho, não foi negado atendimento a Ferreira. "Uma acompanhante do paciente perguntou se o hospital atendia pela Geap (plano de seguridade social que atende a órgãos do governo federal). A funcionária disse que não, mas que poderia atendê-lo como paciente particular. A acompanhante disse então que preferia buscar outro hospital. Em nenhum momento houve solicitação de atendimento", disse.
A direção do Santa Luzia informou que não encontrou informações sobre pedido de atendimento para Ferreira. De acordo com a direção, os funcionários do plantão foram procurados e relataram que não houve nenhuma negativa de atendimento na noite de quinta-feira.
Morreu aos 56 anos nesta quinta-feira (19) o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. Segundo a assessoria da pasta, Ferreira sofreu um infarto no miocárdio na madrugada desta quinta e não resistiu.
Em nota de pesar divulgada no final da tarde, a presidente da República, Dilma Rousseff, disse que o secretário teve uma trajetória política "destacada, tanto no movimento sindical quanto no governo".
Também em nota de pesar, o ministério afirmou que Ferreira foi um "defensor incansável da democratização nas relações de trabalho, promotor do diálogo e profissional dedicado". A nota, assinada pela ministra Miriam Belchior, destaca o secretário como "um brasileiro que lutou ao longo da vida pela consolidação da democracia no Brasil".
Paulistano, era também membro do Conselho de Administração da Companhia Docas do Estado de São Paulo. Foi chefe de Gabinete da Secretaria de Gestão Pública da Prefeitura de São Paulo e atuou em diversas funções na Central Única dos Trabalhadores (CUT), também em São Paulo.
Segundo a nota divulgada pelo ministério, o corpo de Duvanier Paiva é velado no Campo da Boa Esperança, Capela 2, a partir das 12h30 desta quinta, em Brasilia.
Leia a íntegra da nota da presidente Dilma Rousseff
"Nota de pesar
Duvanier Paiva Ferreira teve uma trajetória política destacada, tanto no movimento sindical quanto no governo, em defesa da democracia e da justiça social no Brasil. Pelo seu desempenho à frente da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento desde 2007, foi convidado a continuar no mesmo posto em meu governo. Sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração. Consternada com a notícia da sua perda, envio meu abraço solidário a seus amigos, familiares e colegas de trabalho.
Duvanier Paiva Ferreira teve uma trajetória política destacada, tanto no movimento sindical quanto no governo, em defesa da democracia e da justiça social no Brasil. Pelo seu desempenho à frente da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento desde 2007, foi convidado a continuar no mesmo posto em meu governo. Sua inteligência, dedicação e capacidade de trabalho farão muita falta à nossa administração. Consternada com a notícia da sua perda, envio meu abraço solidário a seus amigos, familiares e colegas de trabalho.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil"
Presidenta da República Federativa do Brasil"